Voltem para casa e não vejam TV via satélite, diz Suleiman
O vice-presidente do Egito, Omar Suleiman, pediu nesta quinta-feira, em pronunciamento na TV estatal, que os egípcios voltem para casa e retornem ao trabalho. "Jovens, vão para casa. Não ouçam o que vem das televisões via satélite, ouçam apenas sua própria consciência", disse. Suleiman discursou logo após o presidente Hosni Mubarak dizer que permanecerá no cargo até setembro e que alguns poderes iriam ser transferidos ao vice.
Suleiman classificou a situação de "momento decisivo" e garantiu que "a porta está aberta para continuar o diálogo". Segundo o vice-presidente, há o compromisso de se fazer o possível para garantir uma transferência pacífica de poderes. Suleiman acrescentou que os egípcios não serão arrastados ao caos nem serão usados como instrumentos para sabotagem. Segundo ele, o Exército protegeu a "revolução da juventude".
O vice-presidente também fez um chamado à unidade e pediu aos cidadãos que "trabalhem juntos para fazer um futuro brilhante". "Chamo a todos os cidadãos para que trabalhem juntos para conseguir um futuro brilhante. Não podemos deixar o país ser levado pelo caos", advertiu Suleiman. Ele reiterou a necessidade de recuperar a confiança, confirmou que havia recebido Mubarak algumas prerrogativas presidenciais e disse que havia "começado o trabalho com as Forças Armadas".
As palavras de Omar Suleiman foram recebidas com revolta nas ruas do Egito. Na praça Tahrir, centenas de milhares de pessoas começaram a demonstrar sua raiva ainda durante o discurso de Hosni Mubarak, aos gritos de "saia, saia". Em sua fala - aguardada durante o dia inteiro em função de uma possível renúncia - o líder de 82 anos afirmou que vai permanecer no cargo até setembro e que não aceitará interferências estrangeiras no processo de transição política no Egito.
"Meus filhos e filhas, juventude do Egito, caros cidadãos, eu anunciei, sem nenhuma dúvida, de que não iria concorrer às próximas eleições presidenciais e tenho que dizer que eu servi durante 60 anos ao serviço público do país, durante os tempos de guerra e durante os tempos de paz", afirmou, dizendo ainda que está determinado continuar "protegendo a Constituição e os direitos do povo". Mubarak também fez referência às pessoas que morreram nos protestos. "O sangue dos mártires e dos feridos não foi derramado em vão".
Protestos convulsionam o Egito
Desde o último dia 25 de janeiro - data que ganhou um caráter histórico, principalmente na internet, principalmente pelo uso da hashtag #Jan25 no Twitter -, os egípcios protestam pela saída do presidente Hosni Mubarak, que está há 30 anos no poder. No dia 28 as manifestações ganharam uma nova dimensão, fazendo o governo cortar o acesso à rede e declarar toque de recolher. As medidas foram ignoradas pela população, mas Mubarak disse que não sairia. Limitou-se a dizer que buscaria "reformas democráticas" para responder aos anseios da população a partir da formação de um novo governo.
A partir do dia 29, um sábado, a nova administração foi anunciada. A medida, mais uma vez, não surtiu efeito, e os protestos continuaram. O presidente egípcio se reuniu com militares e anunciou o retorno da polícia antimotins. Enquanto isso, a oposição seguiu se organizando. O líder opositor Mohamad ElBaradei garantiu que "a mudança chegará" para o Egito. Na terça, dia 1º de fevereiro, dezenas de milhares de pessoas se reuniram na praça Tahrir para exigir a renúncia de Mubarak. A grandeza dos protestos levou o líder egípcio a anunciar que não participaria das próximas eleições, para delírio da massa reunida no centro do Cairo.
O dia seguinte, 2 de fevereiro, no entanto, foi novamente de caos. Manifestantes pró e contra Mubarak travaram uma batalha campal na praça Tahrir com pedras, paus, facas e barras de ferro. Nos dias subsequentes os conflitos cessaram e, após um período de terror para os jornalistas, uma manifestação que reuniu milhares na praça Tahrir e impasses entre o governo e oposição, a Irmandade Muçulmana começou a dialogar com o governo. Até hoje, havia sinais de que Mubarak deve permaneceria no cargo durante o processo de transição.
Suleiman classificou a situação de "momento decisivo" e garantiu que "a porta está aberta para continuar o diálogo". Segundo o vice-presidente, há o compromisso de se fazer o possível para garantir uma transferência pacífica de poderes. Suleiman acrescentou que os egípcios não serão arrastados ao caos nem serão usados como instrumentos para sabotagem. Segundo ele, o Exército protegeu a "revolução da juventude".
O vice-presidente também fez um chamado à unidade e pediu aos cidadãos que "trabalhem juntos para fazer um futuro brilhante". "Chamo a todos os cidadãos para que trabalhem juntos para conseguir um futuro brilhante. Não podemos deixar o país ser levado pelo caos", advertiu Suleiman. Ele reiterou a necessidade de recuperar a confiança, confirmou que havia recebido Mubarak algumas prerrogativas presidenciais e disse que havia "começado o trabalho com as Forças Armadas".
As palavras de Omar Suleiman foram recebidas com revolta nas ruas do Egito. Na praça Tahrir, centenas de milhares de pessoas começaram a demonstrar sua raiva ainda durante o discurso de Hosni Mubarak, aos gritos de "saia, saia". Em sua fala - aguardada durante o dia inteiro em função de uma possível renúncia - o líder de 82 anos afirmou que vai permanecer no cargo até setembro e que não aceitará interferências estrangeiras no processo de transição política no Egito.
"Meus filhos e filhas, juventude do Egito, caros cidadãos, eu anunciei, sem nenhuma dúvida, de que não iria concorrer às próximas eleições presidenciais e tenho que dizer que eu servi durante 60 anos ao serviço público do país, durante os tempos de guerra e durante os tempos de paz", afirmou, dizendo ainda que está determinado continuar "protegendo a Constituição e os direitos do povo". Mubarak também fez referência às pessoas que morreram nos protestos. "O sangue dos mártires e dos feridos não foi derramado em vão".
Protestos convulsionam o Egito
Desde o último dia 25 de janeiro - data que ganhou um caráter histórico, principalmente na internet, principalmente pelo uso da hashtag #Jan25 no Twitter -, os egípcios protestam pela saída do presidente Hosni Mubarak, que está há 30 anos no poder. No dia 28 as manifestações ganharam uma nova dimensão, fazendo o governo cortar o acesso à rede e declarar toque de recolher. As medidas foram ignoradas pela população, mas Mubarak disse que não sairia. Limitou-se a dizer que buscaria "reformas democráticas" para responder aos anseios da população a partir da formação de um novo governo.
A partir do dia 29, um sábado, a nova administração foi anunciada. A medida, mais uma vez, não surtiu efeito, e os protestos continuaram. O presidente egípcio se reuniu com militares e anunciou o retorno da polícia antimotins. Enquanto isso, a oposição seguiu se organizando. O líder opositor Mohamad ElBaradei garantiu que "a mudança chegará" para o Egito. Na terça, dia 1º de fevereiro, dezenas de milhares de pessoas se reuniram na praça Tahrir para exigir a renúncia de Mubarak. A grandeza dos protestos levou o líder egípcio a anunciar que não participaria das próximas eleições, para delírio da massa reunida no centro do Cairo.
O dia seguinte, 2 de fevereiro, no entanto, foi novamente de caos. Manifestantes pró e contra Mubarak travaram uma batalha campal na praça Tahrir com pedras, paus, facas e barras de ferro. Nos dias subsequentes os conflitos cessaram e, após um período de terror para os jornalistas, uma manifestação que reuniu milhares na praça Tahrir e impasses entre o governo e oposição, a Irmandade Muçulmana começou a dialogar com o governo. Até hoje, havia sinais de que Mubarak deve permaneceria no cargo durante o processo de transição.
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