Filme sobre o Facebook é lançado e já é sucesso
Um em cada dois norte-americanos já são usuários do Facebook. Se a rede social fosse um país, teria uma população inferior apenas às da China e da Índia. O próximo passo para esse site criado em uma residência universitária de Harvard é um filme de Hollywood, que estreou nos EUA na sexta-feira (1) e já está motivando discussões sobre possíveis indicações ao Oscar.
Muitos dos detalhes do filme são contestados. Mas apenas pelo fato de o público assistir a um filme sobre a história de uma empresa de tecnologia ressalta até que ponto o Facebook já virou parte do cenário cultural.
"O Facebook é mais que apenas um fenômeno 'geek'. É uma coisa do grande público", disse Dave McClure, ex-executivo da empresa de pagamentos on-line PayPal e hoje investidor em empresas de tecnologia recém-fundadas.
Avós, políticos e roqueiros estão entre os mais de 500 milhões de usuários do serviço em todo o mundo, número que ajudou o Facebook a ultrapassar o Google como o site no qual os norte-americanos passam mais tempo. A rede social atende à necessidade básica que as pessoas têm de se comunicar, disse David Weinberger, pesquisador do Centro Berkman de Internet e Sociedade da Universidade Harvard.
Sob a direção de Mark Zuckerberg, cofundador de 26 anos do Facebook, a empresa passou de serviço disponível apenas a estudantes universitários a uma grande empresa na internet. Analistas da web dizem que ela se tornou tão grande e tão popular que já representa uma ameaça financeira a empresas consolidadas, como Google e Yahoo.
Paul Thiel, membro do conselho de direção do Facebook, disse que a empresa, que ainda é uma companhia limitada, não vai começar a vender ações ao público antes de 2012. Mas já existe um mercado dinâmico de ações particulares do Facebook, e a empresa é avaliada em mais de US$ 30 bilhões, segundo negociações recentes no Sharespost. Thiel acha que o novo filme – que ele afirma conter "muitas imprecisões e pequenas mentiras e distorções" — vai, mesmo assim, intensificar a influência do Facebook.
"O filme vai incentivar americanos jovens a se mudarem para o Vale do Silício e tentarem criar novas empresas. Portanto, acho que vai fazer mais bem do que mal", disse ele.
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