Os 12 pecados de quem investe na Bolsa - Economia
Especialistas enumeram os vícios mais comuns dos investidores, especialmente dos novatos
Para investir na bolsa de valores, tão importante quanto ter recursos disponíveis e conhecimentos sobre o mercado são a habilidade e o autocontrole. Nem todos os investidores, no entanto, se mantêm tranquilos durante os períodos de instabilidade, fenômeno ainda mais comum entre os iniciantes. Assim, eles se desfazem das ações sem pensar, o que caracteriza a precipitação, uma dos pecados mais comuns entre os investidores, segundo consultores.
Antes de começar os negócios com ações é preciso que o investidor defina seu perfil, considere sua realidade financeira para não cometer excessos e estabeleça um tempo limite para cada operação, já que existem modelos para curto, médio e longo prazo. Esse planejamento prévio ajudar a evitar os pecados dos investidores. “Pensar se resiste a momentos de pressão ou controla freneticamente o movimento do mercado pode ajudar a definir o perfil”, diz Rodrigo Puga, diretor da Corretora Spinelli.
Outro ponto relevante para os iniciantes é identificar, conforme as expectativas, o impacto das ações sobre suas finanças. “Nós precisamos usar mais o racional. Possuímos a tendência de comprar quando está caro e vender barato, já que o emocional atrapalha muito”, diz Leandro Martins, economista com MBA em Economia e Finanças pela Universidade de São Paulo (USP) e pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Veja os pecados mais comuns entre os investidores de primeira viagem, segundo especialistas:
1. Ansiedade: muitas vezes a ansiedade para obter um retorno imediato do investimento e o medo de perder o capital empregado fazem com que o investidor venda suas ações antes da hora e fracasse. O ideal, no início, é fazer simulações prévias em planilhas fictícias e aplicar moderadamente. Além disso, é importante perder no começo para identificar a realidade do processo.
2. Prepotência: é comum que após os primeiros ganhos o investidor pense que já sabe tudo sobre bolsa de valores, mas isso é um engano e pode fazer com que percam muito dinheiro. Achar que sabe tudo não é a melhor opção.
3. Impaciência: apesar das análises e da ajuda dos consultores, ninguém tem certeza absoluta de qual ação subirá. Por isso, muita calma.
4. Indisciplina: quando o investidor não estabelece limites em suas operações pode ter prejuízo, já que as saídas estratégicas aumentam os lucros. Por isso, devem ser estabelecidos quais serão os momentos de compra e venda das ações.
5. Instabilidade: modificar constantemente a forma de realizar as transações faz com que o investidor tenha prejuízos na análise das tendências.
6. Indecisão: muitas vezes, indeciso, o investidores se cerca de uma quantidade gigantesta de dados, relatórios e notícias, que acabam, em vez de ajudando, co diversas confundem o investidor ao invés de ajudá-lo.
7. Insegurança: independentemente da maior quantidade de notícias ruins sobre o investimento realizado, o investidor busca apoio em uma boa e mantém sua aplicação, ignorando a realidade do momento.
8. Gula: o investidor é atraído pela euforia do mercado e não percebe que, em muitos casos, o momento já é de reversão.
9. Precipitação: diante de uma situação de crise, é comum que o investidor iniciante se deixe contagiar pelo pânico estabelecido, não resista até uma possível melhora – ainda que em longo prazo – e venda suas ações.
10. Ganância: ao investir em ativos mais arriscados ou apelar a operações alavancadas (com empréstimo), o investidor opera mais do que realmente tem - e então, se as ações despencarem, haverá o risco de ele ficar devendo à corretora.
11. Inconstância: é preciso ter cuidado com o “espírito de manada”. Nem sempre a opção escolhida por todos é a melhor.
12. Negligência: é preciso definir objetivos a curto, médio e longo prazos e reinvistir o capital conseguido nas operações, mas não se pode esquecer de monitorar os investimentos.
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