Feirões de veículos podem estar com os dias contados

Os feirões de automóveis sempre foram uma das melhores alternativas para as concessionárias venderem mais e para o consumidor encontrar boas ofertas em um mesmo lugar.

Porém, de acordo com o economista especializado em varejo automotivo, Ayrton Fontes, os feirões podem estar com os dias contados. “Tudo acabou, exceto alguns poucos feirões realizados eventualmente por algumas montadoras que reúnem concessionários em determinadas regiões e bancam a operação, utilizando para tal suas verbas de marketing de varejo”, explica.

Segundo Fontes, o varejo tem sentido uma queda nas vendas em torno de 10% por mês. “Além disso, existem outros fatores inibidores das vendas, como o esgotamento do poder de compra e o aperto na concessão de financiamentos em 60 parcelas sem entrada, que mantinham no passado o aquecimento deste setor”, comenta.

Feirões
De acordo com Fontes, durante 15 anos, os feirões de veículos foram responsáveis por turbinar as vendas de veículos nos finais de semana. “Os bancos foram sempre os responsáveis pelos investimentos na realização destes eventos, pois tinham o objetivo de conseguir mais contratos de financiamento gerados nesta ação. Os bancos praticamente bancavam quase todo o custo da operação que variava entre R$ 300 mil e R$ 1 milhão entre as despesas de montagem, locação de área e mídia forte nos principais veículos de comunicação do País”, conta.

O economista conta que, normalmente, quatro ou mais concessionárias de marcas diferentes ou às vezes da mesma marca operavam a ação e eventualmente um único concessionário com diversas filiais operava sozinho o feirão.

No segmento de veículos usados, Fontes explica que era comum a realização de feirões com 10 ou 20 lojas de usados da periferia. “Elas se juntavam com o apoio financeiro de determinado banco e realizavam a ação em alguma área comum próxima de suas lojas”, finaliza.

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