Governo reduz impostos para estimular indústria

O governo lançou nesta terça-feira um pacote de incentivos para a indústria, chamado de Brasil Maior, que tem o objetivo de compensar perdas das empresas com o dólar baixo. O plano deve vigorar até 2014.

O plano inclui devolução de impostos como PIS (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) para exportadores de manufaturados.

Outras mudanças são a criação de um fundo de financiamento à exportação, um projeto piloto para desonerar a folha de pagamentos em setores com mão de obra intensiva, além de um regime tributário especial para o setor automotivo.

O governo também pretende elevar a taxa de investimento sobre o Produto Interno Bruto (PIB) de 18,4% em 2010 para 22,4% ao final do plano de política industrial.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior informou que quer reduzir o deficit de manufaturados na balança comercial a 1,3% do PIB, também até 2014.

As medidas, já disponíveis no site da iniciativa, serão detalhadas mais tarde pela presidente Dilma Rousseff e pelo ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel.

Queda do dólar é ruim para quem exporta
Quando o dólar está baixo, os produtos brasileiros ficam mais caros no exterior, e as exportações caem. Por outro lado, as importações aumentam, e os produtos brasileiros sofrem forte concorrência. Isso prejudica as indústrias, o que pode causar demissões e até fechamento de fábricas.

A alta dos preços dos produtos brasileiros no exterior dificulta as exportações. Os estrangeiros têm de desembolsar mais dólares para comprar o mesmo produto. Por exemplo, um carro de R$ 30 mil pode custar mais ou menos dólares conforme o câmbio. Se o dólar valer R$ 1,55, esse carro sai por US$ 19.355. Se o dólar estiver em R$ 2,50, o mesmo carro sai por US$ 12 mil.

Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada na segunda-feira (1º) mostrou que quase metade das indústrias exportadoras perdeu participação no mercado externo em 2010 e, entre elas, um terço deixou de exportar. A sondagem foi feita com 1.569 empresas, entre 31 de março a 14 de abril.

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