Dilma diz que mantém apoio a 'todos' os ministros
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (16), após cerimônia de promoção de novos oficiais-generais, no Palácio do Planalto, que mantém o apoio a “todos” os ministros do governo.
“Mantenho [o apoio] a todos”, afirmou ao ser questionada se continuaria a apoiar os ministros do Turismo, Pedro Novais, e da Agricultura, Wagner Rossi, cujos ministérios enfrentam denúncias de corrupção.
Indagada sobre qual seria o maior “desafio” dela no combate à corrupção, Dilma afirmou: ''Meu desafio, desse país, é desenvolver e distribuir renda. O resto a gente deve fazer por ossos do ofício”, disse.
Dilma se reúne com líderes do PMDB e PT para estreitar relações Na semana passada, a Polícia Federal prendeu 36 pessoas na Operação Voucher, para investigar desvio de verbas com o suposto envolvimento de servidores e integrantes da cúpula do Ministério do Turismo, além de entidades privadas.
Na operação, foi preso o secretário-executivo da pasta, Frederico da Silva Costa, número dois na hierarquia do Ministério do Turismo. Ele deixou a prisão no fim de semana, após oTribunal Regional Federal da 1ª Região conceder um habeas corpus.
Na edição deste fim de semana da revista "Veja" fez quatro acusações de irregularidades supostamente cometidas pelo ministro da Agricultura, Wagner Rossi. Em nota oficial, o ministro afirmou que foi procurado por "Veja", mas que a revista não citou sua versão. Classificou a reportagem como "assassinato de reputação" e disse que vai recorrer à Justiça para pedir direito de resposta.
Entre as denúncias publicadas por "Veja" está o depoimento de um servidor do ministério que afirma ter ouvido um empresário relatar o pagamento de R$ 2 milhões ao gabinete de Rossi para ser beneficiado em processo de licitação.
De acordo com a revista, em 8 de dezembro de 2010 - Rossi assumiu o ministério no começo daquele ano -, a Comissão de Licitação do Ministério da Agricultura se reuniu para abrir propostas técnicas de quatro empresas que disputavam a prestação de serviços de comunicação da pasta.
A "Veja" traz o depoimento do presidente da comissão, Israel Leonardo Batista, de que um dos representantes da empresa disse que "aquilo era um jogo de cartas marcadas e que já estava acertado um pagamento de R$ 2 milhões ao 8º andar". A revista aponta que o gabinete do ministro fica nesse andar. Batista afirma que manifestou a intenção de registrar a acusação em ata e enviar à Polícia Federal. No entanto, teria sido proibido por um superior de tomar a atitude.
Em nota oficial, o ministro diz que a licitação foi aberta em 26 de novembro de 2010 por Israel Batista e outros cinco membros da comissão. Diz ainda que uma das empresas não apresentou os documentos necessários e, portanto, estaria inapta, mas acabou recorrendo. Em 8 de dezembro, na reabertura dos envelopes, outros concorrentes relataram não terem sido comunicados sobre o recurso, diz a nota.
Conforme o ministério, Batista reconheceu não ter comunicado as empresas, e o processo acabou anulado. A pasta negou ter ordenado alteração da ata e disse que o registro de denúncias cabe ao presidente da Comissão de Licitação. O ministério diz ainda que Israel Leonardo Batista responde a processo administrativo disciplinar por sua conduta no Ministério da Agricultura.
Emendas
Dilma afirmou que o valor de liberação de emendas parlamentares acima de R$ 1 bilhão "ainda está em discussão no governo."
Na semana passada, PMDB e outros partidos da base aliada se articularam para impedir a realização de votações na Câmara dos Deputados. O objetivo da paralisação foi demonstrar insatisfação com o governo, principalmente com a demora na liberação de emendas parlamentares.
Na noite desta segunda-feira (15), Dilma se reuniu, no Palácio do Planalto, com líderes do PT e do PMDB no Congresso numa tentativa de estreitar relações e amenizar a insatisfação da base com o governo. Nesta terça, ela se encontra com líderes do PCdoB, PSB e PDT. Participam da reunião a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e o vice-presidente, Michel Temer.
“Mantenho [o apoio] a todos”, afirmou ao ser questionada se continuaria a apoiar os ministros do Turismo, Pedro Novais, e da Agricultura, Wagner Rossi, cujos ministérios enfrentam denúncias de corrupção.
Indagada sobre qual seria o maior “desafio” dela no combate à corrupção, Dilma afirmou: ''Meu desafio, desse país, é desenvolver e distribuir renda. O resto a gente deve fazer por ossos do ofício”, disse.
Dilma se reúne com líderes do PMDB e PT para estreitar relações Na semana passada, a Polícia Federal prendeu 36 pessoas na Operação Voucher, para investigar desvio de verbas com o suposto envolvimento de servidores e integrantes da cúpula do Ministério do Turismo, além de entidades privadas.
Na operação, foi preso o secretário-executivo da pasta, Frederico da Silva Costa, número dois na hierarquia do Ministério do Turismo. Ele deixou a prisão no fim de semana, após oTribunal Regional Federal da 1ª Região conceder um habeas corpus.
Na edição deste fim de semana da revista "Veja" fez quatro acusações de irregularidades supostamente cometidas pelo ministro da Agricultura, Wagner Rossi. Em nota oficial, o ministro afirmou que foi procurado por "Veja", mas que a revista não citou sua versão. Classificou a reportagem como "assassinato de reputação" e disse que vai recorrer à Justiça para pedir direito de resposta.
Entre as denúncias publicadas por "Veja" está o depoimento de um servidor do ministério que afirma ter ouvido um empresário relatar o pagamento de R$ 2 milhões ao gabinete de Rossi para ser beneficiado em processo de licitação.
De acordo com a revista, em 8 de dezembro de 2010 - Rossi assumiu o ministério no começo daquele ano -, a Comissão de Licitação do Ministério da Agricultura se reuniu para abrir propostas técnicas de quatro empresas que disputavam a prestação de serviços de comunicação da pasta.
A "Veja" traz o depoimento do presidente da comissão, Israel Leonardo Batista, de que um dos representantes da empresa disse que "aquilo era um jogo de cartas marcadas e que já estava acertado um pagamento de R$ 2 milhões ao 8º andar". A revista aponta que o gabinete do ministro fica nesse andar. Batista afirma que manifestou a intenção de registrar a acusação em ata e enviar à Polícia Federal. No entanto, teria sido proibido por um superior de tomar a atitude.
Em nota oficial, o ministro diz que a licitação foi aberta em 26 de novembro de 2010 por Israel Batista e outros cinco membros da comissão. Diz ainda que uma das empresas não apresentou os documentos necessários e, portanto, estaria inapta, mas acabou recorrendo. Em 8 de dezembro, na reabertura dos envelopes, outros concorrentes relataram não terem sido comunicados sobre o recurso, diz a nota.
Conforme o ministério, Batista reconheceu não ter comunicado as empresas, e o processo acabou anulado. A pasta negou ter ordenado alteração da ata e disse que o registro de denúncias cabe ao presidente da Comissão de Licitação. O ministério diz ainda que Israel Leonardo Batista responde a processo administrativo disciplinar por sua conduta no Ministério da Agricultura.
Emendas
Dilma afirmou que o valor de liberação de emendas parlamentares acima de R$ 1 bilhão "ainda está em discussão no governo."
Na semana passada, PMDB e outros partidos da base aliada se articularam para impedir a realização de votações na Câmara dos Deputados. O objetivo da paralisação foi demonstrar insatisfação com o governo, principalmente com a demora na liberação de emendas parlamentares.
Na noite desta segunda-feira (15), Dilma se reuniu, no Palácio do Planalto, com líderes do PT e do PMDB no Congresso numa tentativa de estreitar relações e amenizar a insatisfação da base com o governo. Nesta terça, ela se encontra com líderes do PCdoB, PSB e PDT. Participam da reunião a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e o vice-presidente, Michel Temer.
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