Corinthians conversa com outras empreiteiras para baixar preço do Itaquerão, diz jornal

A demora no início das obras do estádio do Corinthians tem uma explicação. Segundo reportagem publicada nesta terça-feira pelo Jornal da Tarde, o clube procurou outras empreiteiras para fazer orçamentos da obra no bairro de Itaquera, após a Odebrecht apresentar um plano de custos acima de R$ 1 bilhão.

Segundo o diário, os dirigentes do clube paulista estão fazendo um orçamento independente. Além disso, o Corinthians fez pedidos a algumas empreiteiras para confirmar se os valores passados pela Odebrecht realmente estão de acordo com o projeto previsto para o Itaquerão.

De acordo com o Jornal da Tarde, a maioria das consultas realizadas pelo Corinthians apresentou resultados parecidos. Pior para a Odebrecht: de acordo com estes orçamentos, os valores ficariam abaixo dos R$ 600 milhões.

Os dirigentes do Corinthians usam como exemplo o processo vivido por seu rival. A Arena Palestra, do Palmeiras, terá um custo final da R$ 380 milhões, incluindo a demolição do antigo Palestra Itália. A análise leva em conta o fato de o estádio palmeirense ser erguido em uma região mais complicada em questões logísticas e, quando pronto, preencher os requisitos exigidos pela Fifa.

A argumentação da diretoria do Corinthians, segundo o Jornal da Tarde, é que a Arena Palestra poderia se tornar um local com capacidade para abrigar a Copa do Mundo com um investimento de mais R$ 200 milhões. Daí a conclusão de que é possível erguer uma arena com 68 mil lugares em Itaquera com menos de R$ 600 milhões e em condições de receber o jogo de abertura do Mundial-2014.

A Odebrecht prometeu rever os custos e entregar um novo orçamento em breve. Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, havia dito que as obras do Itaquerão começariam nesta terça-feira. Na segunda, porém, o clube divulgou uma nota oficial na qual informou que os trabalhos não têm uma data definida para começar.

Apesar dos problemas, dificilmente a parceria entre Corinthians e Odebrecht será desfeita. A empreiteira pegará o financiamento de R$ 400 milhões do BNDES. Além disso, a política de incentivos fiscais se tornou uma parte importante na questão financeira envolvendo o Itaquerão.

A entrada da Odebrecht se deve ao pedido feito por Lula. O ex-presidente mantém bom relacionamento com a empreiteira e é amigo pessoal de Andrés.

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